terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Travessão: o lugar mais violento de Campos.

O distrito de Travessão se destacou como o mais violento de Campos este ano, com registros de 16 homicídios e 10 roubos a residência com famílias mantidas reféns. Em 2008 foram sete execuções. De acordo com as autoridades policiais e moradores, seria a principal motivação dos crimes ocorridos no distrito. Cerca de 80% dos assassinatos e assaltos ainda não foram elucidados pela polícia, que não acredita em ligações entre as execuções. Enquanto isso, moradores se dizem inseguros e pedem maior número de policiais militares no bairro.

Preocupados com a violência na capital, uma família inteira deixou a cidade de Niterói e se mudou há quatro anos para Campos, o local escolhido foi Travessão. Mas, a situação parece não ser mais a mesma e mais uma mudança está prevista. O último caso de assalto à residência, os cinco bandidos fizeram toda família refém, entre as vítimas, duas crianças de 12 e 6 anos.


A falta de estrutura do policiamento no distrito também é apontada pela população sendo um dos motivos para tamanha ousadia dos bandidos. Com um efetivo de 12 policiais, divididos em plantões de 24 por 48 horas, e uma viatura (Gol) velha, o Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) de Travessão tenta se virar como pode. Nos últimos três meses, um assassinato foi registrado e um roubo a residência — ocorrido na última quinta-feira — as recuperações de veículos roubados e furtados também preenchem os livros de ocorrência, assim como as inúmeras apreensões de armas, drogas e prisões de criminosos.

De acordo com o comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar (BPM), coronel Élson Haubrichs a ida do trailer itinerante para o distrito há um mês deu reforço ao DPO e mais segurança à comunidade. Com o deslocamento há seis dias para o centro da cidade, neste período de festas de fim de ano, a população sentiu falta do serviço.

— O trailer está onde existe demanda e em momentos de necessidade. Isso não significa que não possa voltar para o distrito de Travessão, já que em pouco tempo mostrou resultado positivo. Quanto ao efetivo do DPO, infelizmente, por enquanto não conto com pessoal disponível para aumentar o quadro de policiais. No caso da viatura, vou estudar a possibilidade de trocá-la por uma nova e garantir o apoio de outras guarnições. O número de militares nas unidades é de acordo com as necessidades de cada local — garantiu o comandante.

Folha da Manhã

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